sábado, 15 de maio de 2010

Tolerância Zero

1. Quando te vêem deitado, de olhos fechados, na sua cama, com a luz apagada e te perguntam:
- Você tá dormindo?
- Não, to treinando pra morrer!


2. Quando a gente leva um aparelho eletrônico para a manutenção e o técnico pergunta:
- Ta com defeito?
- Não, é que ele estava cansado de ficar em
casa e eu o trouxe para passear.

3. Quando está chovendo e percebem que
você vai encarar a chuva, perguntam:
- Vai sair nessa chuva?
- Não, vou sair na próxima.


4. Quando você acaba de levantar,
aí vem um idiota (sempre) e pergunta:
- Acordou?
- Não. Sou sonâmbulo!


5. Seu amigo liga para sua casa e pergunta:
- Onde você está?
- No Polo Norte! Um furacão levou a minha casa pra lá!


6. Você acaba de tomar banho e alguém pergunta: (BOA)
- Você tomou banho?
- Não, mergulhei no vaso sanitário!


7. Você tá na frente do elevador da garagem do seu prédio e chega um que pergunta:
- Vai subir?
- Não, não, to esperando meu apartamento
descer pra me pegar.

8. O homem chega à casa da namorada com um enorme buquê de flores. Até que ela diz:
- Flores?
- Não! São cenouras.


9. Você está no banheiro quando alguém bate na porta e pergunta:
- Tem gente?
- Não! É o cocô que está falando!


10. Você chega ao banco com um cheque e pede pra trocar:
- Em dinheiro?
- Não, me dá tudo em clipes!

terça-feira, 11 de maio de 2010

A Síndrome dos Vinte e Tantos / Trinta e Poucos

Recebi em e-mail da Bianca Fernandes... Não sei quem escreveu para dar o devido crédito... sorry

Chamam-na de 'crise do quarto de vida'.
Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos.
Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc.
E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco.
As multidões já não são 'tão divertidas'. E as vezes até lhe incomodam.
E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.
Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.
Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você.
Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor.
Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal. Ou, talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor.
Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar. Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado (a) para se comprometer pelo resto da vida.
Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado(a) e agir como um(a) idiota começa a parecer, realmente, estúpido.
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado(a) e significa muito dinheiro para seu pequeno salário.
Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.
Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer.
Suas opiniões se tornam mais fortes.
Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é.
Às vezes, você se sente genial e invencível, outras... Apenas com medo e confuso (a).
De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando.
Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro... E com construir uma vida para você.
E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.

O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse textos nos identificamos com ele. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça... Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos...

domingo, 9 de maio de 2010

O Último Tango

Quem me segue no Twitter deve ter lido que fiz um tremendo feng-shui - meio que mandatório - aqui em casa, numa tentativa - até então frustrada - de localizar um documento do carro.

Entre os achados, um bloquinho do Meliá Buenos Aires, com 3 folhinhas escritas em janeiro de 2007. Se eu publiquei este texto, foi no blog que o Globo.com fez o favor de apagar. Então reproduzo-o abaixo:

Já havia mencionado que corrigi - graças a minha irmã Moniquinha - um erro histórico e comecei a ler "Quando Fui Outro", um apanhado de textos de Fernando Pessoa.

Ok, ele escreve muito. Eu me sinto bastante inculto ao ler, pois me faltam os significados de diversos termos. Do que eu entendo, tirei uma conclusão até o momento: Fernando Pessoa era completamente surtado!

E talvez seja mal do nome, mas me peguei querendo decorar alguns trechos do que ele escreveu.

Vejam por exemplo este fragmento de Há Doenças Piores Que As Doenças:
"Há angústias sonhadas mais reais que as que a vida nos traz"

É, o surtado me tocou fundo com essa. Na semana passada, cá estava eu angustiado. Estou em processo de mudança de emprego e tive que passar minhas atividades para meu chefe argentino, pois minha substituta argentina está de férias e meu pedido de demissão os pegou de calças curtas. Tive um ligeiro desentendimento com meu chefe via e-mail por conta da data da minha viagem - apesar de o interesse em aprender as atividades fosse dele, eu tive que fazer o sacrifício de fazer duas viagens internacionais em uma semana. Basicamente ele queria que eu fosse um dia antes e ficasse dois dias mais e eu expus que não atenderia por completo o pedido dele - parece normal, mas foi tenso. Desde então, uns dois dias antes da viagem, comecei a antecipar discussões, imaginar foras que eu levaria e como os responderia. Agoniei-me de verdade, senti frio no estômago, fiquei inquieto e ganhei pelo menos três novos fios de cabelo branco.
E no final o que aconteceu quando cheguei à Argentina? Fui muito bem recebido e não tivemos uma sombra de discussão.
Moral da história: "Há angústias sonhadas mais reais que as que a vida nos traz".

E a conclusão da moral da história: abri as pernas, frouxo que sou, e concordei em fazer a tal segunda viagem internacional da semana, simplesmente para encontrar minha substituta que concedeu um dia de suas férias exclusivamente para ir ao escritório me encontrar e pegar algumas atividades ela mesma.

Não é novidade para ninguém que tive alguns algozes argentinos no último ano. Sofri um bocado com esses cucarachos, talvez por excesso de zelo e responsabilidade (e dizem que perfeccionismo não é defeito!)

E assim foi até o último momento: a tal substituta argentina não apareceu no dia de férias que dedicaria a me conhecer. Fiz uma viagem internacional de madrugada à toa, pois a bonitinha resolveu retornar da sua viagem no dia seguinte. Egoísta é o termo mais suave que me ocorre.

Moral da história: Fernando Pessoa era surtado, argentinos são - com raríssimas exceções - grandes filhos da puta e eu me alegro cada vez mais por terminar este capítulo e "move on".

Como nos poemas de Pessoa, tudo começa com uma linguagem rebuscada e termina com um "merda", "chega" ou "basta".

Em Operário, Pessoa diz: "A minha vida mude-a Deus ou finde-a". A minha, Deus mudou.

Passei o dia anterior a essa segunda viagem querendo inventar desculpas, ficar doente, perder o voo, como se algo superior me dissesse "fique em casa, Fernando". Mas fui. Duas horas de atraso, fui dormir às 5h da manhã e ao chegar ao escritório às 10h, descubro que fui à toa. Até eu mesmo me surpreendi com a serenidade com que recebi a informação: tipo com um botão de "foda-se" ligado, como quem já acha graça de tanto desrespeito, pois sabe que rirá por último e melhor: eu me vou e levo comigo tudo que sei. Eles ficam com uma fração e dificilmente conseguirão aumentar o numerador para chegar num inteiro. Essa é a ironia, minha vitória final.

Ressentimento? Sim, um pouco - é perceptível e inegável, não? Mas afinal, nenhum relacionamento termina sem uma pitada de ressentimento.

Meus pulmões estão cheios e minha garganta entalada. Quero gritar um grito de liberdade: "Estou livre! Livre, porra!". Essa minha história com a Argentina acabou. Essa minha história com os argentinos acabou. Talvez eu ainda volte ao país, talvez interaja com os hermanos de novo, mas esta viagem me deu o que buscava desesperadamente: "closure".

Don't cry for me Argentina. Acá en Brasil estamos tan felizes...