sábado, 12 de março de 2011

Requiem for a Blog (ou não)

MUDAMOS PARA http://fernocarneiro.wordpress.com

Chacoalhada!

Com o advento do Twitter, manter um blog clássico ficou difícil. É hora de aceitar o fim ou reposicionar o produto. Decidi partir para uma nova fase blogueira e focar nos meus textos: contos, em sua maioria. Transferi tudo para o wordpress e vou TENTAR produzir histórias com mais frequência. Se dignas de divulgação, postá-las-ei por lá.

É isso. Atualizem seus links e entrem na minha cabeça.
Tchau.

MUDAMOS PARA http://fernocarneiro.wordpress.com

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Show da Fabricca

A Fabricca participa da II Mostra Vocal RioAcappella neste sábado 06/11, às 19h, no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro (Av. Rio Branco, 124 - 25o andar).


O show terá 2 ou 3 músicas de cada grupo. A Fabricca participa com Magalenha, What A Fool Believes e Like A Prayer, em versões produzidas apenas com nossas vozes... e nossos corpos.

Apareçam! É free, grátis, de graça!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Cachinhos

Sentei no sofá de frente para ela, um tanto quanto constrangido. No quarto ao lado, um coquetel de calmantes nocauteara a mulher que um dia amei. Estampada em meu rosto a dor pela morte do meu melhor amigo. Diante de mim, uma criança ainda jovem demais para lidar com a brutalidade do ocorrido.
Enquanto nossos olhos travavam uma batalha imensa pela maior velocidade de queda de lágrimas, ela, munida de sua mais sincera vulnerabilidade, perguntou-me num sopro de voz: "Você vai ser meu novo pai?"
Minha primeira resposta ficou detida por um golpe de glote. Ah, como teria sido fácil contar-lhe a verdade que me sufocava desde que ela era nada mais que um sinal de positivo num teste de farmácia.
Mas apenas funguei, recompus-me e disse: "Ninguém pode tomar o lugar do seu pai, minha querida". E com a alma mais partida que cristal estilhaçado, deitei-a em meu colo e afaguei seus cachinhos, tão parecidos com os meus.

terça-feira, 29 de junho de 2010

sábado, 26 de junho de 2010

Green Day

Treinando para o show do Green Day em outubro, me deparei com essa deliciosa versão de 21 Guns.
Aumenta o som!

sábado, 12 de junho de 2010

Lençóis Maranhenses

Não sei dizer se é fundamental ou não, mas eu quis sair do Rio com tudo organizado, então pedi referências das operadoras de turismo lá do Maranhão. Indicaram-me duas: Taguatur e Ecodunas. Através dos sites, fiz contato com as duas.
A Taguatur me mandou um pacote padrão de 2 dias, embora meu e-mail dissesse claramente que eu chegaria a São Luis na manhã de quinta e voltaria no domingo à tarde. Perderam meu respeito logo no primeiro contato.
A Ecodunas sim leu o que eu escrevi. Iniciei uma longa troca de e-mails com o Jorge, representante da Ecodunas. Bastante paciente e atencioso, ele ofereceu as melhores opções para o tempo que eu tinha e fez todas as reservas de pousada e passeios.
A primeira parte do roteiro foi o longo traslado para Barreirinhas, que é a principal porta de entrada do Parque dos Lençóis. São 3h30 de viagem - mais uma parada de 15 minutos para esticar as pernas. O microônibus nos pegou às 6h da manhã no Aeroporto de São Luis. Aliás, permitam-me abrir um parênteses: uma boa dica é ver o horário dos voos. Eu e Debora tínhamos pouco tempo e queríamos aproveitar ao máximo, então pegamos voos noturnos na quarta à noite. Eu cheguei em São Luis à 0h50 e ela às 2h40. Com o traslado partindo às 6h de quinta, achamos que não valeria a pena pegar um hotel próximo para ficar por apenas 3 horas, então não hesitamos em tirar um cochilo no aeroporto, cada um ocupando 3 bancos. A cena era comum, havia pelo menos 10 pessoas fazendo o mesmo. Mas a sua coluna pode cobrar a conta no final do dia.
Barreirinhas é um lugar ainda bastante pobre. Tirando o Centrinho, onde está o cais, vê-se muita miséria. Sinal de que o forte turismo ainda não está revertendo grandes benefícios para a população local. Isso se reflete também na qualidade das pousadas. Embora encontrem-se facilmente pousadas com ar condicionado, frigobar, TV e chuveiro quente (meu verdadeiro quadrado mágico), tudo é bastante simples.
Como fechei a viagem com menos de 1 mês de antecedência, algumas pousadas já estavam cheias. Vale lembrar que junho é o começo da temporada ideal para visitar os Lençóis. Esta definição passa pelas chuvas que enchem as lagoas do Parque. Em geral a partir de outubro/novembro, as lagoas secam. Entre dezembro e abril/maio, chove e, enquanto chove, as trilhas para o Parque ficam mais complicadas e os passeios sem sol ficam comprometidos. Então a época boa para visitação é a partir de junho, quando as chuvas já pararam e as lagoas estão cheias.
Acabei ficando na Pousada Resort Lençóis Maranhenses. Prós e contras... O lugar é afastado do Centro, então ficávamos "presos" lá. Acabamos almoçando e jantando lá e a comida, embora boa, não é barata. Mas dá para chamar táxi e é bacana não precisar sair da piscina para ser servido. O wireless, anunciado como grande vantagem, não funciona. E a pousada conta com uns pequenos prédios de 2 andares, com 2 apartamentos por andar. Os apartamentos de cada piso são conjugados, então eu que estava no quarto 4, ouvia absolutamente tudo que rolava no quarto 3, o que incluiu em determinado dia uma televisão com volume acima do normal depois da meia-noite. Um típico exemplo de um espaço enorme e mal aproveitado. Passando a piscina há uma trilha que conduz às margens do Rio Preguiças, então dá para tomar um banho de rio, ainda dentro do terreno da pousada.
Nosso primeiro passeio foi logo no dia da chegada. Com saída às 14h, fomos para o Parque dos Lençóis para a região da Lagoa Azul. O meio de transporte principal é a Toyota, adaptada com 2 ou 3 bancos na caçamba, para transporte de 8 a 12 pessoas. Não espere conforto, mas é assim e é legal. Depois de recolher os turistas pelas pousadas, anda-se por alguns minutos até a área da balsa, onde se atravessa o Rio Preguiças - que, como o próprio nome sugere, é super tranquilo. Na outra margem, já começa a areia e o trajeto de mais ou menos meia hora pelo terreno irregular e arenoso. Para quem ficar na beirada dos bancos, vale o cuidado com as "chicotadas". É que a trilha tem a largura certa do carro, então os arbustos que crescem ao longo da "estrada", acabam acertando as pessoas que estão na ponta durante o trajeto. Nada que machuque, mas vale ficar ligado e dar aquela chegadinha pra dentro.
Os carros chegam até determinado ponto e a partir dali as pessoas têm que subir a duna a pé. Nada complexo, nem que exija preparo físico. O visual quando se chega ao alto é indescritível: uma imensidão de dunas e lagoas de se perder de vista. Difícil resistir à tentação de descer rolando e cair dentro de lagoa. Nesta etapa do passeio - a pé -, passamos por 3 ou 4 lagoas, incluindo a Azul, Esmeralda e a dos Peixes, que é uma das poucas que não secam no período de estiagem. Como o sol castiga, não deixe de levar boné, óculos escuros e uma garrafinha d'água. Todo o resto pode ficar no carro, porque o motorista fica lá tomando conta, enquanto o guia vai andar com o grupo.
Para chegar à Lagoa dos Peixes, demanda-se uma caminhada de uns 10 a 15 minutos, mas lembre-se que no Nordeste o tempo passa mais devagar. Curta o visual, a natureza e a paz que o lugar transmite. Outra vantagem da Lagoa dos Peixes é que em geral ela tem menos gente. Vi somente uma farofada - um grupo de 2 senhoras e uma criança que sacou um isopor com frango assado. Pelo menos recolheram todo o lixo ao sair. Aliás, este é um ponto positivo: é tudo muito limpo e, talvez por força dos guias que conscientizam os turistas, todo mundo carrega seu lixo.
O fim deste primeiro passeio é por volta das 17h30 quando se sobe numa das dunas para tentar uma visão do por-do-sol. Na volta, antes de pegar novamente a balsa para cruzar o Rio Preguiças, há uma barraquinha de tapioca feita na hora: queijo com manteiga e leite condensado são os sabores disponíveis. É estratégico: se você não fez igual às farofeiras e levou seu frango assado, é fato que você vai estar com fome nessa hora.
No segundo dia - que amanheceu chuvoso, mas trouxe o sol minutos antes do passeio - saímos para fazer boia-cross. Um longo caminho de mais ou menos 1 hora no lombo da Toyota nos levou à beira do rio - não me lembro se era o Preguiças ou algum outro da região - onde nos despimos, entramos na água fria e recebemos nossas boias. E no que pode ser classificado como o cúmulo de uma vida sossegada, cada um se acomodou em sua boia e se deixou levar pela correnteza do rio. Não sei por quanto tempo descemos - aliás, perde-se a noção do tempo - mas descemos o rio. Duas crianças locais descem o rio também nadando ao nosso lado, carregando boias reservas - caso alguma se esvazie no caminho - e empurrando os turistas que são levados para a margem de volta para o meio do curso. Não é rafitng não, gente... a correnteza é fraquinha, não há nenhuma descidinha e a maior aventura do percurso vai ser passar por baixo de umas pontezinhas improvisadas... é pura paz e tranquilidade.
No fim do passeio - marcado por uma corda e pelos suspiros de "ah, acabou" - há uma tia fazendo tapioca. E de novo você vai comer. Vai por mim.
De tarde, outro passeio - e você pensa "Que viagem Footloose (ritmo muito louco), eu quero ficar na pousada um pouco e descansar". Não! O melhor momento é justamente esse: nova ida ao Parque dos Lençóis, desta vez para a área da Lagoa Bonita. Mesma Toyota, mesma balsa, mesmo trajeto sobre a areia, exceto que dessa vez o carro pegou outro caminho e você nem percebeu porque não há nenhuma sinalização. O caminho é mais longo, tem os mesmos gravetos chicoteando o pessoal que se senta nas beiradas e a impressão que dá é as montanhas de areia nunca vão começar a aparecer.
Desta vez os carros param diante de uma montanha de areia mesmo. A presença de uma cordinha enterrada na areia para a galera segurar e pegar impulso para subir denuncia que essa duna merece um esforço adicional para ser vencida. E quando você termina de subir a primeira, tem uma segunda, ainda maior mas menos íngrime. Claro que a possibilidade de você se deparar com a mesma coluna de areia que eu é difícil porque, com os ventos, de tempos em tempos a paisagem fica diferente. Mas foi por essas duas colunas que eu passei. E se o esforço é maior, a recompensa é proporcional.
Esqueça o que você já viu nas fotos, esqueça o que te contaram, esqueça este relato. A descrição continua sendo "dunas e lagoas a perder de vista", mas este lado é diferente, é singular e hipnotizante. Parecia a Lua (como se eu fosse Armstrong ou Aldrin, mas enfim...). Ali só mora o silêncio absoluto, alternado com um assovio do vento intermitente. É a grandiosidade da natureza que me fez sentir pequeno e insignificante tal qual um grão de areia. A aridez agressiva do deserto diante dos olhos maravilhados de um turista certamente equivale a uma tela em branco diante de um pintor. Um pouco mais a frente as águas esverdeadas da Lagoa Bonita, com seus peixinhos pequeninos que nos bicam a pele. Peixinhos que têm um ciclo de vida sincronizado com a cheia das lagoas. Quando as lagoas enchem, as ovas - previamente depositadas no solo úmido - eclodem e os peixes nascem e não crescem, alimentando-se de pele morta de turistas e de sei lá mais o quê (krill, diria a Débora; catarro, diria eu), até a morte na lagoa seca.
Cenário mágico até um novo por do sol visto do alto de uma duna e retorno para a pousada, com uma parada estratégica na barraca de tapioca da beira do Preguiças.
Era aqui que a viagem deveria terminar. Mas a gente tinha um dia a mais e queria aproveitar...
O sábado, 3o dia no Maranhão, foi para um passeio aos Pequenos Lençóis na lancha voadeira. Partindo do cais de Barreirinhas, passamos pelas localidades de Vassouras - dunas quentes e um bar onde o principal atrativo são os macaquinhos que vêm comer banana nas mãos dos turistas -, Mandacaru - onde a atração é um farol da Marinha totalmente sem graça - e Caburé, onde ficamos por algumas horas. Ali no Caburé, já próximos à foz do Preguiças, a praia tem rio de um lado (cheio de óleo dos barcos) e mar do outro (revolto e marrom provavelmente pelas águas do rio que desagua ali perto). A diversão fica por conta de quadriciclos que podem ser alugados para uma volta pela praia, que é enorme e vazia. Mas eu que conheço muitas praias e ainda estava sob o efeito da paisagem do dia anterior, achei esse passeio bastante dispensável.
No sábado à tarde, já de volta a Barreirinhas, pegamos o traslado de volta a São Luis. Minha dica: vá embora. O ônibus chegou ao aeroporto perto das 21h e os voos para o Rio saem na madrugada. Eu caí na asneira de passar 1 noite e o domingo de manhã em São Luis e, para ser educado, digo simplesmente que não vale muito a pena.
Dicas adicionais: roupas leves, muito repelente, protetor solar, muita água. Se quiser se aventurar com as guloseimas típicas da região - além das tapiocas - prove o guaraná Jesus (é rosa e é estranho) e suco de bacuri (tem gosto de remédio e, segundo a Débora, parece Bactrin).

sábado, 15 de maio de 2010

Tolerância Zero

1. Quando te vêem deitado, de olhos fechados, na sua cama, com a luz apagada e te perguntam:
- Você tá dormindo?
- Não, to treinando pra morrer!


2. Quando a gente leva um aparelho eletrônico para a manutenção e o técnico pergunta:
- Ta com defeito?
- Não, é que ele estava cansado de ficar em
casa e eu o trouxe para passear.

3. Quando está chovendo e percebem que
você vai encarar a chuva, perguntam:
- Vai sair nessa chuva?
- Não, vou sair na próxima.


4. Quando você acaba de levantar,
aí vem um idiota (sempre) e pergunta:
- Acordou?
- Não. Sou sonâmbulo!


5. Seu amigo liga para sua casa e pergunta:
- Onde você está?
- No Polo Norte! Um furacão levou a minha casa pra lá!


6. Você acaba de tomar banho e alguém pergunta: (BOA)
- Você tomou banho?
- Não, mergulhei no vaso sanitário!


7. Você tá na frente do elevador da garagem do seu prédio e chega um que pergunta:
- Vai subir?
- Não, não, to esperando meu apartamento
descer pra me pegar.

8. O homem chega à casa da namorada com um enorme buquê de flores. Até que ela diz:
- Flores?
- Não! São cenouras.


9. Você está no banheiro quando alguém bate na porta e pergunta:
- Tem gente?
- Não! É o cocô que está falando!


10. Você chega ao banco com um cheque e pede pra trocar:
- Em dinheiro?
- Não, me dá tudo em clipes!

terça-feira, 11 de maio de 2010

A Síndrome dos Vinte e Tantos / Trinta e Poucos

Recebi em e-mail da Bianca Fernandes... Não sei quem escreveu para dar o devido crédito... sorry

Chamam-na de 'crise do quarto de vida'.
Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos.
Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc.
E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco.
As multidões já não são 'tão divertidas'. E as vezes até lhe incomodam.
E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.
Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.
Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você.
Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor.
Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal. Ou, talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor.
Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar. Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado (a) para se comprometer pelo resto da vida.
Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado(a) e agir como um(a) idiota começa a parecer, realmente, estúpido.
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado(a) e significa muito dinheiro para seu pequeno salário.
Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.
Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer.
Suas opiniões se tornam mais fortes.
Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é.
Às vezes, você se sente genial e invencível, outras... Apenas com medo e confuso (a).
De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando.
Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro... E com construir uma vida para você.
E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.

O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse textos nos identificamos com ele. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça... Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos...

domingo, 9 de maio de 2010

O Último Tango

Quem me segue no Twitter deve ter lido que fiz um tremendo feng-shui - meio que mandatório - aqui em casa, numa tentativa - até então frustrada - de localizar um documento do carro.

Entre os achados, um bloquinho do Meliá Buenos Aires, com 3 folhinhas escritas em janeiro de 2007. Se eu publiquei este texto, foi no blog que o Globo.com fez o favor de apagar. Então reproduzo-o abaixo:

Já havia mencionado que corrigi - graças a minha irmã Moniquinha - um erro histórico e comecei a ler "Quando Fui Outro", um apanhado de textos de Fernando Pessoa.

Ok, ele escreve muito. Eu me sinto bastante inculto ao ler, pois me faltam os significados de diversos termos. Do que eu entendo, tirei uma conclusão até o momento: Fernando Pessoa era completamente surtado!

E talvez seja mal do nome, mas me peguei querendo decorar alguns trechos do que ele escreveu.

Vejam por exemplo este fragmento de Há Doenças Piores Que As Doenças:
"Há angústias sonhadas mais reais que as que a vida nos traz"

É, o surtado me tocou fundo com essa. Na semana passada, cá estava eu angustiado. Estou em processo de mudança de emprego e tive que passar minhas atividades para meu chefe argentino, pois minha substituta argentina está de férias e meu pedido de demissão os pegou de calças curtas. Tive um ligeiro desentendimento com meu chefe via e-mail por conta da data da minha viagem - apesar de o interesse em aprender as atividades fosse dele, eu tive que fazer o sacrifício de fazer duas viagens internacionais em uma semana. Basicamente ele queria que eu fosse um dia antes e ficasse dois dias mais e eu expus que não atenderia por completo o pedido dele - parece normal, mas foi tenso. Desde então, uns dois dias antes da viagem, comecei a antecipar discussões, imaginar foras que eu levaria e como os responderia. Agoniei-me de verdade, senti frio no estômago, fiquei inquieto e ganhei pelo menos três novos fios de cabelo branco.
E no final o que aconteceu quando cheguei à Argentina? Fui muito bem recebido e não tivemos uma sombra de discussão.
Moral da história: "Há angústias sonhadas mais reais que as que a vida nos traz".

E a conclusão da moral da história: abri as pernas, frouxo que sou, e concordei em fazer a tal segunda viagem internacional da semana, simplesmente para encontrar minha substituta que concedeu um dia de suas férias exclusivamente para ir ao escritório me encontrar e pegar algumas atividades ela mesma.

Não é novidade para ninguém que tive alguns algozes argentinos no último ano. Sofri um bocado com esses cucarachos, talvez por excesso de zelo e responsabilidade (e dizem que perfeccionismo não é defeito!)

E assim foi até o último momento: a tal substituta argentina não apareceu no dia de férias que dedicaria a me conhecer. Fiz uma viagem internacional de madrugada à toa, pois a bonitinha resolveu retornar da sua viagem no dia seguinte. Egoísta é o termo mais suave que me ocorre.

Moral da história: Fernando Pessoa era surtado, argentinos são - com raríssimas exceções - grandes filhos da puta e eu me alegro cada vez mais por terminar este capítulo e "move on".

Como nos poemas de Pessoa, tudo começa com uma linguagem rebuscada e termina com um "merda", "chega" ou "basta".

Em Operário, Pessoa diz: "A minha vida mude-a Deus ou finde-a". A minha, Deus mudou.

Passei o dia anterior a essa segunda viagem querendo inventar desculpas, ficar doente, perder o voo, como se algo superior me dissesse "fique em casa, Fernando". Mas fui. Duas horas de atraso, fui dormir às 5h da manhã e ao chegar ao escritório às 10h, descubro que fui à toa. Até eu mesmo me surpreendi com a serenidade com que recebi a informação: tipo com um botão de "foda-se" ligado, como quem já acha graça de tanto desrespeito, pois sabe que rirá por último e melhor: eu me vou e levo comigo tudo que sei. Eles ficam com uma fração e dificilmente conseguirão aumentar o numerador para chegar num inteiro. Essa é a ironia, minha vitória final.

Ressentimento? Sim, um pouco - é perceptível e inegável, não? Mas afinal, nenhum relacionamento termina sem uma pitada de ressentimento.

Meus pulmões estão cheios e minha garganta entalada. Quero gritar um grito de liberdade: "Estou livre! Livre, porra!". Essa minha história com a Argentina acabou. Essa minha história com os argentinos acabou. Talvez eu ainda volte ao país, talvez interaja com os hermanos de novo, mas esta viagem me deu o que buscava desesperadamente: "closure".

Don't cry for me Argentina. Acá en Brasil estamos tan felizes...

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Libera aí

Quero ir pra Grumari de novo! Dá pra liberar a estrada?


Antecipadamente grato.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Medley de Aberturas de Séries

Da série "vídeos que eu gostaria de ter feito".

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Coldplay

Aquecimento para o show de mais tarde. Pelos setlists que estão rolando na internet, isto é o que deve rolar daqui a pouco na Apoteose.



Isso sim é carnaval! Viva la vida!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Cranberries

Com vocês 10 vídeos com minha visão do show do Cranberries.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Ressaca do Globo de Ouro e o meu Framboesa

Acho que nem no Twitter eu comentei sobre o Globo de Ouro. Bom, os resultados nem foram tão surpreendentes, mas o povo crítico de séries chiou um bocado com as indicações, aparentemente porque as pessoas que votam não assistem os seriados. Como eu acompanho umas 20 séries, resolvi brincar de listar quem seriam os meus indicados:

Melhor Série Drama:
- 24
- Fringe
- Grey's Anatomy
- Lost
- True Blood

Melhor Série Comédia:
- 30 Rock
- Glee
- Modern Family
- Party Down
- Trust Me (sim, foi cancelada, mas foi uma das melhores coisas de 2009!)

Melhor Ator (drama/comédia/principal/coadjuvante):
- David Duchovny (Californication)
- Hugh Laurie (House)
- John Hamm (Mad Men)
- John Noble (Fringe)
- Kiefer Sutherland (24)
- Michael Emerson (Lost)
- Terry O' Quinn (Lost)
- Ty Burrell (Modern Family)

Melhor Atriz (drama/comédia/principal/coadjuvante):
- Chandra Wilson (Grey's Anatomy)
- Edie Falco (Nurse Jackie)
- Elizabeth Moss (Mad Men)
- Glenn Close (Damages)
- Jane Lynch (Glee)
- Sandra Oh (Grey's Anatomy)
- Sofia Vergara (Modern Family)
- Toni Collette (United States Of Tara)

Melhor Ator/Atriz Infantil/Teen:
- Alexander Gould (Weeds)
- Angus T. Jones (Two And A Half Men)
- Ariel Winter (Modern Family)
- Keir Gilchrist (United States Of Tara)
- Madeleine Martin (Californication)
- Nolan Gould (Modern Family)
- Rico Rodriguez (Modern Family)

Obs.: Não vi a 4ª temporada de Dexter, nem coisas como Big Love, Entourage ou The Good Wife. Mas aposto que ainda vi mais do que os jurados do Globo de Ouro.

Seria legal pensar num "Framboesa de Ouro" para as piores coisas dos seriados no ano que passou:

Pior Série:
- Cougar Town
- Flash Forward
- Heroes
- Hung
- Mental

Pior Ator:
- Chris Vance (Mental)
- Dominic Monaghan (Flash Forward) (sorry, Charlie)
- Ed Westwick (Gossip Girl)
- Jack Davenport (Flash Forward)
- Sendhil Ramamurthy (Heroes)

Pior Atriz:
- Annalynne McCord (90210)
- Courteney Cox (Cougar Town) (sorry, Monica)
- Gabrielle Union (Flash Forward)
- Jessica Szohr (Gossip Girl)
- Mayara Walsh (Desperate Housewives)

domingo, 3 de janeiro de 2010

Avatar

Antes de discorrer sobre o filme propriamente dito, devo dizer que, com o maçarico aceso sobre a cidade do Rio, é no mínimo crueldade – para não dizer irresponsabilidade, desorganização e mais uma penca de substantivos negativos – um cinema manter a exibição de um filme numa sala lotada com ar condicionado “deficiente”. Depois reclamam que os cinemas de rua estão acabando ou que Copacabana só tem uma opção de cinema. Acorda, Roxy!

Agora os bonecos azuis. Bom, crítica básica de filme normalmente envolve dizer que determinado ator ou atriz deu um show, arrebentou, merece todos os prêmios etc. Avatar não é esse tipo de produção. Sam, Sigourney, Michelle, Giovani etc cumprem seus papéis, mas o filme não tem seu principal pilar nas atuações.

O roteiro também não é empolgante. Segue aquela linha básica de qualquer arrasa-quarteirão de tragédia. Aliás, a estrutura do roteiro é idêntica à de Titanic, não por acaso do mesmo James Cameron. Começamos com 1 hora e meia de pura embromação ou de “chick flick”: pessoas entrando no navio ou pessoas chegando a Pandora; Jack e Rose, ou Sam e Mulherzinha Azul, se encontram, num primeiro momento ela o odeia, mas aos poucos eles convivem e se conhecem melhor, o amor vai nascendo e eles acabam ficando juntos – seja no meio da floresta encantada ou dentro de um carro da área de cargas; conhecemos os personagens cujas mortes vamos lamentar, bem como aqueles que precisamos odiar (Billy Zane / Sargento) e por aí vai.

*** SPOILERS – Não Ultrapasse ***

A partir daqui, os comentários revelam partes importantes do filme. Se ainda não viu, veja e volte depois (a menos que não se importe em saber o que acontece de antemão).

Quando o ritmo do filme começa a incomodar, vem a parte que supostamente agradará mais aos homens: o cinema-tragédia. O navio bate no iceberg; digo, os terráqueos vêm com os caminhões usados nas minas da Vale e destroem um pouquinho da floresta para pegar o mineral supervalioso (a jóia da Rose?).

Aí vem toda a destruição, com suas cenas inimagináveis: a Casa da Árvore é derrubada (o navio se parte), os Navis são dizimados (os passageiros se afogam), lamentamos a morte daqueles personagens lá do começo como a Sigourney Weaver e a Michelle Rodriguez (Fabrizio e Victor Weber) e claro, depois de muita explosão e lágrimas, o bem vence o mal. Ou você achou que seria diferente e ousado? Não, o roteiro é básico. E de tão semelhante a Titanic, não é que o personagem principal também morre no final? Ok, Jack Dawson não tinha uma Árvore das Almas para se converter definitivamente em seu avatar, mas podemos atribuir isso aos 200 anos que separam as duas histórias.

Então você pergunta se eu odiei o filme? Não. Lógico que não. Se roteiro e atuações não são empolgantes, resta a produção para salvar tudo e nisso o James Cameron é o “king of the world”. Cada imagem, cada explosão, cada vôo dos pássaros gigantescos, cada salto sobre a rede de troncos interligados, cada som ensurdecedor, cada anêmona de Eywa... tudo isso te transporta para um universo único e mágico em cenas muito bem executadas e minuciosamente trabalhadas. Claro que o efeito 3D é fundamental para aumentar o realismo e colocar o espectador praticamente dentro de Pandora. Quem ficou com dor de cabeça por causa dos óculos que me perdoe, mas em 2D este seria apenas mais um filme de ação.

O grande mérito de Avatar para mim foi sua mensagem de preservação da natureza. Similar aos filmes de tragédias ambientais – “O Dia Depois de Amanhã” ou “2012” – a mensagem que fica é que, seja na Terra ou em Pandora, os “homens humanos” destroem impiedosamente a natureza, com suas escavadeiras, espaçonaves e caminhões gigantescos sem o menor respeito às culturas locais, aos nativos e às árvores milenares, objetivando apenas a riqueza – através de um mineral valiosíssimo. É decepcionante o futuro imaginado em Avatar para o século 22: o homem não aprendeu nada com o esgotamento da Terra e partiu para causar a mesma destruição em Pandora – “o mundo de vocês não tem mais verde”. É possível traçar um paralelo com a chegada dos europeus às Américas, ou de uma empresa estrangeira a um país mais pobre, ou do homem branco aos redutos indígenas, ou mesmo – talvez force a barra – dos EUA ao Afeganistão, ou do BOPE à favela...

A idéia é clara: o homem em geral não busca entender a cultura local, interagir, conversar e respeitar. É mais fácil usar a força, conquistar pela superioridade do poderio bélico, sem medir as consequências. Esquece-se de que a natureza cobra o preço – seja através de ondas gigantes, explosões vulcânicas magnânimas, icebergs ou rinocerontes e pássaros desproporcionais. Mais cedo ou mais tarde.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

2009 / 2010

Nesta época em que todos os blogs estão voltados para as retrospectivas de fim de ano - ou mesmo de fim de década - vou resistir à tentação. Teve muita coisa boa no ano e na década, mas eu não consigo conceber a ideia de conceber uma lista, pelo simples fato de que minha memória é um lixo, meus blogs anteriores foram apagados (obrigado, Globo.com) e eu acabaria sendo extremamente injusto. Fora que demandaria muita pesquisa... como saber se aquela parada irada é de 1999 ou de 2000?

Uma boa passagem de ano a todos (os poucos) que ainda seguem esse blog constantemente desatualizado. Um 2010 de muitas realizações e muita saúde.

E para mim: que na próxima década eu retome minha produção literária, migrando do acúmulo para a produção de conhecimento. :-D

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Recorde

Eu tenho problemas em "letting go". Desde sempre.
E é por essa teimosia que insisto em manter o blog aberto, apesar de ter chegado a um recorde - do qual não me orgulho - de 40 dias sem postar nada novo.
Durante esta quaresma, muita coisa boa aconteceu, mas "querido diário" - que já não tinha muito espaço aqui - virou "querido horário" e migrou para o Twitter.
Se você acompanha isso aqui, reparou que a coluna da esquerda está sempre atualizada, em detrimento da parte de centro-direita desta página.
Vontade de manter todos os espaços atualizados não me falta. Mas ultimamente posts rápidos com até 140 letras - enviados do celular ou nos intervalos das aulas do MBA - têm sido mais práticos.
Enquanto não retorno com força total - ou mesmo parcial - sugiro a leitura dos blogs listados aqui ao lado. O "Instante Posterior" do Bruno Medina está com um texto fantástico sobre escovas - que para mim tem um gostinho de saudade do meu trabalho anterior, quando surgiram as primeiras escovas agressivas, que instantaneamente fizeram a cabeça das minhas colegas de departamento. As histórias do "Dicas sobre Nada" sempre valem a pena. E ainda tem as fotos da Irena, sempre fantásticas, no blog com nome estranho, escrito em esloveno.
Claro, se você me ama muito, pode me seguir no twitter, porque lá meu problema é justamente não cruzar o limite do flooding.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Mad Men - 2a Temporada

O iPod supercarregado para o feriado levou para Minas os 4 últimos episódios da 2ª temporada de Mad Men. Vão os comentários episódio por episódio, só porque tô treinando para mais uma empreitada (porque eu não tenho atividades o suficiente, sabe?)
Ah sim, tem spoilers para quem não viu esses episódios, mas quem se importa? Quase ninguém vê essa série mesmo...

2x10 e 2x11:
Com participação do Mr. Sheffield ("The Nanny"), um "golpe de estado" orquestrado pelo Paul Young, digo, Duck Phillips, se desenha, enquanto Peggy segue ganhando destaque profissional. Betty se reconhece na posição de separada e vai desabafar justamente com a divorciada que humilhou no começo da temporada. E no fim das contas, ela não traiu Don nem com o cara do ar condicionado, nem com o cara do cavalo, portanto Mad Men continua sendo a série em que nada acontece. Mas ainda assim ela ganha todos os prêmios graças à perfeita reconstituição dos anos 60, uma época em que o piloto apagava os avisos de "não fumar" e todos os passageiros acendiam seus cigarros.
Mas aí o Don termina o episódio marcando encontro com alguém e dizendo que se chama Dick Whitman e me deixa intrigado para o próximo episódio (eu disse intrigado, não exatamente ansioso).

2x12:
Don continua em sua viagem - ou devo dizer crise de meia idade - agora visitando a verdadeira e original Mrs. Draper, com quem ele conseguiu construir uma relação curiosa ao longo do tempo. Mais flashbacks mostrando a complexidade deste personagem e, no fim, uma ressurreição simbolizada pelo banho de mar.
Mas essa egotrip não me compra. Para mim, a personagem da série sempre foi e continua sendo Peggy Olson, que tem a missão de mostrar a dificuldade de uma mulher em ascender profissionalmente numa corporação dominada pelo machismo característico dos anos 60. Ainda não foi desta vez que Peggy revelou a Pete a história do bebê (a cena mais aguardada da temporada ficou mesmo para o finale). O crescimento de Peggy se mostra não apenas no culhão que ela teve para pedir a sala, mas também na ironia que ela já é capaz de fazer: "é, estou dormindo com Don".
Num episódio ainda dominado pela história da fusão (zzzzz...), a cena mais tocante foi Betty contando para a filha sobre a separação.

2x13 - Season Finale:
Ok, é fácil demais fazer um final de temporada excelente quando só se enrola durante 12 episódios e guarda-se toda a ação para o último, mas ainda assim... não vamos tirar o mérito.
Finalmente Betty deu o troco em Don e anunciou a gravidez, abrindo caminho para a reconciliação, agora que o placar está empatado.
Finalmente concluiu-se a fusão e Don deu seu showzinho, deixando o Paul Young em maus lençóis com o Mr. Sheffield. Eu no lugar do Don, faria o mesmo, ainda mais já tendo embolsado meio milhão de dólares numa época em que o carro do ano custava 6500. "Eu não tenho contrato" lá em casa foi seguida por um "iaaaaaaaaaaaaauuu".
Obviamente a cena do episódio foi dela: Peggy. Seguindo o conselho do padre e encontrando novamente a paz com Deus e consigo, Peggy aproveitou a confissão de Pete e mandou na lata: "You got me pregnant, I had your baby and I gave it away". Um trecho da cena chegou a aparecer no Emmy, mas naquela época (há 2 meses) não significava muito para mim, já que eu ainda estava na 1ª temporada e a Peggy nem estava gorda ainda.
Com todos esses desfechos, perdem um pouco de importância a caracterização da Guerra Fria, a relação dos EUA com Cuba, o discurso do Kennedy etc. Bom, para quem curte história norte-americana, ainda é legal, vai lá...
A reação do Pete fica para a 3ª temporada, já em exibição nos EUA desde agosto deste ano.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Esportes no Feriadão

Férias, feriadão, tudo ao mesmo tempo agora. Fiz mais uma de minhas viagens para o interior de Minas, para ver família e passar 3 dias num lugar onde o tempo anda mais devagar. 3 dias sem internet (uma olhadinha no twitter na casa do meu primo não conta) e um milhão de coisas para comentar (maldita era da informação).

Primeiro tópico: esportes.

Escrito no sábado:
Tem um pedacinho de Rio na cidade do meu pai. Metade da população reunida no bar, com camisas do Flamengo, pulando e quase quebrando tudo de tanta felicidade a cada pênalti que o Bruno pegava - e na hora do gol também. Flamengo no G4, é hora de secar Cruzeiro, Atlético MG (oops, tô em Minas, uai) e Inter, o que significa torcer para Botafogo e Fluminense. Para mim não é um problema, mas não deixa de ser uma ironia amarga para muitos.

Domingo de manhã:
1º GP de F1 nos Emirados Árabes. Construção imponente, show de luzes, meia corrida de dia, meia de noite... E sim, a estrutura montada foi a principal atração, porque o circuito não tem pontos de ultrapassagem e a corrida foi muito, mas muito morna. Aliás, foi monótona mesmo, ainda mais que desde o início Rubinho mostrou que nem adiantava tocer pelo vice-campeonato - bom, talvez desde o treino de sábado que eu não vi...

Domingo de noite:
Funcionou bastante bem a torcida contra: Palmeiras empatou e ficou a apenas 4; Botafogo fez sua parte contra o Inter; Flu fez sua parte contra o Cruzeiro. Só mesmo o Galo se deu bem, mas o Mengão se sustentou no G4!
Custei a descobrir todos os resultados, tive que fazer igual aos tempos de outrora e esperar os gols do Fantástico.

Em tempo:
Conta como esporte falar do salto em altura do Dinho Ouro Preto, que resolveu brincar de Steven Tyler e cair do palco? Não, né?

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Toda vez que toco a campainha na casa da minha mãe, o cachorro da vizinha vem correndo e arranha a porta lá do lado de dentro, achando que é a dona dele que está chegando. Quando percebe que é na casa do lado, ele choraminga e sai de fininho e às vezes até uiva.
Aí minha mente não tem outra opção senão lembrar do Lucky, que também uivava quando começou a ficar sozinho em casa e choramingava de felicidade, em meio a abanos de rabo, sempre que me via.
Aí minha mente não tem outra opção senão ir para aquele lugar melancólico do cérebro, lá naquele cantinho onde mora a saudade, o sentimento mais bonito e mais ingrato do mundo.