domingo, 1 de março de 2009

Aniversário e Carnaval... sempre juntos

Situação normal de carnaval: no meio dele - quase todo ano - tem o meu aniversário, envelheço na cidade. 2009 não fugiu à regra.

O plano original para o carnaval envolvia um lugar remoto. Mas aí o Jalapão virou locação para a 18ª temporada do "No Limite" original. É sério: "Survivor: Tocantins". Bom, não fui nem deixei de ir por causa disso; na verdade, a companhia furou e no meio do caminho apareceu uma obra. Mas fica a "mental note" pro ano que vem: Carnaval no Rio não!

Bloco é a cara do Rio. Fantasia, zoação, cerveja, "mulhegada", bloco saindo mais cedo pra despistar, bloco saindo atrasado pra não misturar e, no meio de tudo, muitos celulares furtados, pneus desaparecidos e outras tantas histórias que eu escutei nesse carnaval. Recluso na Barra até rolaria. Por aqui tudo é mais longínquo, acho que nem os blocos se animam a vir. Mas com praticamente todos os amigos e familiares permanecendo no Rio, todo deslocamento para a Zona Sul foi um martírio, estacionar foi impossível, as praias ficaram abarrotadas (ilusão que todos estariam no Bola Preta...) e não dá para me sentir mais tão ET cada vez que digo "não suporto bloco". E posso dizer isso com toda autoridade de quem tentou mais uma vez seguir um desses movimentos. Carioca mais fajuto que eu tá pra nascer.

Bom, mas ok, houve bons momentos. Jogatina no circuito off-folia, I Piatti (hummm), uma bela festa de aniversário com os meus bons amigos, um almoço de aniversário com a minha mãe em meio a compras de cimento e tijolos, uma bela praia com água gélida depois que esvaziou no fim da tarde.

Mas aí vieram quinta e sexta, dois dias de trabalho daqueeeeeeles, com consequências duradouras e action items para a semana inteira. E eu não ouvi "férias".

E veio um fim de semana com o meu pai, que durou muito bem até o momento de levá-lo à rodoviária. Bom, "Peixe Grande" não é meu filme favorito à toa. Nunca vi uma história pessoal tão perfeitamente reproduzida na tela (guardadas as devidas proporções, é claro). Quadro na parede, carro livre dos cocôs dos pombos e até uma certa conexão quando, em um repente de boa vontade, houve paciência suficiente para me ensinar algo. Mas o tempo fechou no caminho de volta, coisas dolorosas foram ditas, "nunca mais" pra cá, "sumir" pra lá e nem sequer um olhar de despedida. Só mesmo aquela sensação de decepção mútua, típica das pessoas que (se) cobram demais e algumas lágrimas devidamente inibidas. Não consegui ainda deixar de imaginar aquelas cenas de filme em que as pessoas se magoam e não se despedem (ou se despedem com um "eu te odeio") e na cena seguinte, uma delas recebe a notícia da morte da outra. E aí fica aquela culpa de ter dito últimas palavras duras, que não resumiam o sentimento real e toda aquela baboseira mexicana ou mesmo Global. Mas minha vida não é seriado, embora tenha um certo acompanhamento no mundo virtual.

E se o ano começa mesmo depois do carnaval, feliz ano novo de novo. Segunda chance para 2009 ser um ano bom...

Em tempo: Simply Red... check.
Em tempo 2: Lost tá bom, mas não me empolga mais. Tenho preferido correr, embora a barriga persista.

2 comentários:

Toninho Moura disse...

Carnaval com folia, trabalho, praia, comida e parentes. Quase completo!
Feliz 2009 para você também!

Unknown disse...

Feliz aniversário e feliz 2009 pra vc também!!!!
Beijão!
=)