quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Comentários do Show (parte 2)

Os vídeos de transição merecem um comentário separado. O de "Die Another Day", que veio logo depois de "Vogue" foi bem bacana. O vídeo em que aparecerem várias personalidades (mais para o final), entre elas Madre Teresa, Mandela e Obama também é bacana. O da chuva é um saco, mas pelo menos a gente não fica pastando enquanto ela troca de roupa.

Bom, voltando à sequência, "Die Another Day" foi meio: "Caramba, como montaram um ringue no palco tão depressa?". Mal me dei conta... Mas enfim... Na volta do vídeo, "Into The Groove", que eu nunca imaginei escutar ao vivo. Madonna brincando de Flavia Alessandra no palco, ali na minha cara, sarrando o poste até não poder mais. "Heartbeat" é daquelas canções que vão passar batidas e que ninguém vai se lembrar daqui a 1 ano (tipo "In This Life" na outra turnê que passou pelo Brasil). Mas é bonitinha. Depois veio outro ponto alto do show: "Borderline". Ausente das turnês da Madonna desde 1986, ganhou uma roupagem rock and roll total, digna de quem se reinventa o tempo todo. A essa altura, eu já estava ensopado mesmo e o máximo que fazia para tentar proteger a máquina era colocar a outra mão por cima dela, o que não me dava a chance de relaxar nenhum dos dois braços durante o show inteiro.

"She's Not Me" foi a música do tombo. As quatro sósias ali, a de rosa bem na minha cara, Madonna passando pelo meio delas e ... vaaaaaaaaapo ... Mas ela não se abala. Levantou a perninha, deu uma disfarçada e se levantou na boa. Mas aí a coreografia já tinha ido pro saco, né? Fazer o quê? Surtar em cena. Arranca a peruca de uma, dá um beijão na boca da noiva, arranca um pedaço da fantasia da terceira. E o que ela fez com a de rosa mesmo? Não lembro... Já tava suficiente. Engraçado as pessoas duvidando se rolou tombo ou não. Brow, ela despencou! Só digo isso...

"Music" foi demais. Gravei quase inteira. A parte menos empolgante foi a balada "Devil Wouldn't Recognize You"... a música é bem sem graça (nunca prestei atenção na letra, posso estar sendo injusto), ela ficou enfiada dentro do telão vestida de demônio e enfim... foi um break, uma preparação para início do bloco mexicano ou cigano ou romeno, sei lá... aquela mistureba. "Spanish Lesson" tem a letra mais ridícula que ela já cantou, sem dúvida. "Yo te quiero means I love you, señoritaaaaa". Pô, fala sério. Mas o que ela faz? Bota uma dança maneira, um ritmo hispânico irado e transforma a música, porque ela pode. Ainda no mesmo clima, "Miles Away", com o Maracanã inteiro batendo palmas. Essa é a música que ela canta pensando no Guy Ritchie quando diz "when I'm gone you'll realize that I'm the best thing that happened to you".

"La Isla Bonita", apontada por muitos como O top do show. Não ainda. A Madonna não tira essa música do set list de jeito nenhum e a cada turnê ela dá uma diversificada. Agora ficou bem tequila, com os sombreros mexicanos. Demais, sem dúvida, mas o clímax seria mais adiante.

A única hora que eu tive que olhar para o telão foi em "You Must Love Me" (ou seria "I Must Love You"... rsrs). A belíssima canção do "Evita" foi executada na pontinha do prolongamento do palco e quando todos os dançarinos e o carinha do violino se postaram em forma de meia-lua em volta da Madonna, eu simplesmente não a via. Era o momento em que ela estava mais próxima e parada, ou seja, perfeito para tirar uma foto noturna com zoom. Mas o povo a cobriu. E eu filmei do telão mesmo, paciência.

Nessa hora já começou a bater uma depressão "só faltam 5 músicas". Ainda não tinha caído minha ficha que eu estava vendo Madonna ao vivo e o show já estava perto do fim. Mas antes de terminar, o estádio ainda pularia muito.

Timbaland deu as caras no telão com o seu "I'm out of time and all I got is 4 minutes". Justin nos "telões" e Madonna se esfregando nele na única música que eu filmei sem zoom por pura esclerose. Enfim...

O clímax chegou. Não houve quem ficasse parado quando ela começou "Life is a mistery, everyone must stand alone...". Talvez por cantar essa música na banda vocal, eu tenha tido uma emoção mais especial com "Like a Prayer", mas arrisco dizer que foi geral. O Maraca pulou tipo gol do Flamengo com o refrão "when you call my name, it's like a little prayer". Essa eu não resisti... Gravei inteira. 5 minutos. E o vídeo tá engraçado, porque eu pulei muito. E admito, quase chorei. Fantástico.

"Ray of Light" e as luzes projetadas na arquibancada é memorável. Mas o elemento surpresa do show veio num momento karaokê. O que vocês querem ouvir? Como assim? Quero ouvir mais umas 15 músicas pelo menos... Alguém pediu "Everybody". Pô, fala sério. Ainda bem que ela disse "I don't like this song". Não ouvi qual foi o segundo pedido, que ela também recusou dizendo "I like this song but ... nah". E a histeria veio com "Express Youself? You got it!". Bonus track em show tem que ser assim: hit que ia ficar de fora e que leva a galera ao delírio. Ouvi dizer que na segunda pediram "Dress you up". Caído... Ainda bem que fui domingo.

"Hung Up" e pra fechar "Give It 2 Me". Game over no telão ao som de "Holiday" para coroar o fim da Odisséia, que na verdade ainda teria uma caminhada até a Tijuca, um táxi para Copacabana e o carro onde me aguardava uma muda de roupa seca. E aquela incrível sensação de que eu poderia morrer em paz depois daquelas duas horas. Histórico.

Ah, e claro que a chuva deu uma trégua assim que o show acabou. Murphy também foi ao Maracanã.

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